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GASLIGHTING COMO VIOLÊNCIA GRAMATICAL: UMA LEITURA BASEADA NA EPISTEMOLOGIA WITTGENSTEINIANA.
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- Author(s): Praxedes, Fábio1; Silva, Marcos2
- Source:
Prometeus: Filosofia em Revista. jan-abr2025, Vol. 17 Issue 47, p187-218. 32p.
- Subject Terms:
- Additional Information
- Abstract:
Gaslighting can be understood as a type of manipulation in which the victim is led to doubt their most basic perceptions and experiences--and, consequently, their sanity. To grasp the nature of the doubt that arises in victims of gaslighting, Trächtler (2022) seeks to explain how someone can be driven to despair by being manipulated into systematically questioning fundamental aspects of their own life. To this end, the author conceptualizes gaslighting as a form of epistemic injustice, drawing on Fricker (2007). Aligning with this, and through epistemological reflections inspired by Wittgenstein's posthumous work On Certainty (1969), Trächtler also provides a detailed discussion on the nature of our doubting practices. Here, we argue--along with Trächtler--that the self-questioning induced by gaslighting in fact violates the boundaries of our everyday language games, particularly the language game of doubt. However, we find it inconsistent to interpret the harm caused by this practice as primarily affecting the victim's epistemic domain. In this sense, we will argue that the phenomenon of gaslighting should be more appropriately framed, conceptually, as a form of grammatical violence. Gaslighting should thus be understood as a grammatical attack (in the Wittgensteinian sense) rather than a strictly epistemological one. Building on this conceptualization, we explore the implications of what we call grammatical violence and propose a possible way to resist and defend oneself--grammatically--against gaslighting. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
- Abstract:
Gaslighting pode ser entendido enquanto um tipo de manipulação na qual a vítima é induzida a pôr em dúvida suas próprias percepções e experiências mais básicas e, portanto, sanidade. Para compreender qual a natureza do tipo de dúvida que surge nas vítimas de casos de gaslighting, Trächtler (2022) busca explicitar como é possível que alguém seja levado ao desespero ao ser manipulado a suscitar autoquestionamentos sistemáticos sobre assuntos tão fundamentais de sua própria vida. Para tanto, a autora apresenta uma conceituação do gaslighting enquanto um tipo de injustiça epistêmica a partir de Fricker (2007). Alinhado a isto, a partir de reflexões epistemológicas inspiradas no Sobre a Certeza (1969), obra póstuma de Wittgenstein, Trächtler fornece também uma discussão detalhada sobre a natureza de nossas práticas de duvidar. Aqui defendemos, como Trächler que os autoquestionamentos induzidos na prática de gaslighting de fato violam os limites dos nossos jogos de linguagem cotidianos, especialmente do jogo de linguagem da dúvida. Contudo, consideramos incoerente interpretar que o dano causado nessa prática incida prioritariamente sobre o domínio epistêmico da vítima. Nesse sentido, defenderemos aqui que o fenômeno gaslighting deva ser mais adequadamente enquadrado conceitualmente como uma forma de violência gramatical. Gaslighting deveria ser tomado, portanto, como um ataque mais gramatical, no sentido wittgensteiniano, que propriamente epistemológico. A partir dessa conceitualização, exploramos as implicações do que chamamos aqui de violência gramatical e apontamos uma possível forma de resistir e se auto-defender, também, gramaticalmente, ao gaslighting. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
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