“Más gente y menos peces”: las ciencias sociales y el estudio de la extinción masiva de especies desde América Latina.

“More People and Fewer Fish”: The Social Sciences and the Study of Mass Species Extinction from Latin America.
“Mais gente e menos peixes”: as ciências sociais e o estudo da extinção em massa de espécies na América Latina.

Mass species extinction has long been considered a biological phenomenon of great importance to the natural sciences. However, it has recently drawn the attention of some social scientists and humanists through extinction studies, a field that emphasizes the importance of exploring the meanings, histories, practices, and knowledges emerging from the contact zones between humans and extinct or endangered species. While there are some precedents, the social sciences in Latin America have yet to devote sufficient attention to this phenomenon. Within this context, the aim of this article is to analyze the social transformations generated by the looming disappearance of bocachico fish in the Samaná Norte River (Colombia), using this case to explore some conceptual tools for social studies on extinction in Latin America. To achieve this aim, the study employed a multispecies ethnographic approach over several field visits to the river between 2018 and 2024, which included river and land journeys, semi-structured interviews, and daily life shared with fishers, cooks, transporters, and local residents involved with the fish. This study found that mass extinction is a phenomenon of great relevance to the social sciences and ethnographic research. By affecting human societies and their relationships with nature, the absence of certain beings raises ethical, social, and political challenges that call for holistic and collaborative approaches. Thus, the article’s contribution lies in illustrating—through a relevant case study in Colombia—the common dynamics Latin America shares in terms of species extinction, and in offering tools to help the social sciences recognize the plurality of multispecies worlds at risk of disappearing. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

la extinción masiva de especies ha sido considerada durante mucho tiempo un fenómeno biológico de gran importancia para las ciencias naturales. Sin embargo, recientemente ha captado el interés de algunos científicos sociales y humanistas a través de los estudios de extinción, campo que señala la importancia de investigar los significados, historias, prácticas y conocimientos que se producen en las zonas de contacto entre humanos y especies extintas o en peligro. No obstante, aunque existen algunos antecedentes, las ciencias sociales en América Latina aún no han prestado suficiente atención a este fenómeno. En ese contexto, el objetivo de este artículo es analizar las transformaciones sociales generadas por la amenaza de desaparición de los peces bocachicos en el río Samaná Norte (Colombia), explorando, a partir de este caso, algunas herramientas conceptuales para los estudios sociales sobre la extinción en América Latina. Con la finalidad de lograr este objetivo, se utilizó el enfoque de la etnografía multiespecies a lo largo de varias estancias en el río, entre los años 2018 y 2024, que incluyeron recorridos fluviales y terrestres, entrevistas semiestructuradas y la convivencia cotidiana con pescadores, cocineros, transportadores y pobladores locales relacionados con los peces. En este estudio se encontró que la extinción masiva de especies es un fenómeno de gran relevancia para las ciencias sociales y los estudios etnográficos. Al afectar las sociedades humanas y sus relaciones con la naturaleza, la ausencia de algunos seres plantea desafíos éticos, sociales y políticos que requieren enfoques holísticos y colaborativos. Por esto, el aporte del artículo radica en ilustrar, a partir de un estudio de caso relevante en Colombia, las dinámicas comunes que comparte la región latinoamericana en materia de extinción de especies, ofreciendo herramientas que permitan a las ciencias sociales reconocer la pluralidad de mundos multiespecies que están en riesgo de desaparición. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

a extinção em massa de espécies vem sendo considerada há muito tempo um fenômeno biológico de grande importância para as ciências naturais. No entanto, recentemente ela tem despertado o interesse de alguns cientistas sociais e humanistas por meio dos estudos sobre extinção, campo que destaca a importância de investigar os significados, as histórias, as práticas e os conhecimentos que se produzem nas zonas de contato entre humanos e espécies extintas ou em perigo de extinção. Embora existam alguns antecedentes, as ciências sociais na América Latina ainda não têm dado atenção suficiente a esse fenômeno. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é analisar as transformações sociais geradas pela ameaça de desaparecimento do peixe bocachico (Prochilodus magdalenae) no rio Samaná Norte (Colômbia), explorando, a partir desse caso, algumas ferramentas conceituais para os estudos sociais sobre a extinção na América Latina. Para atingir esse objetivo, utilizou-se a abordagem da etnografia multiespécies, ao longo de várias permanências no rio entre os anos de 2018 e 2024, que incluíram percursos fluviais e terrestres, entrevistas semiestruturadas e a convivência cotidiana com pescadores, cozinheiros, transportadores e moradores locais em sua relação com os peixes. Este estudo constatou que a extinção em massa de espécies é um fenômeno de grande relevância para as ciências sociais e os estudos etnográficos. Ao afetar as sociedades humanas e suas relações com a natureza, a ausência de alguns seres levanta desafios éticos, sociais e políticos que exigem abordagens holísticas e colaborativas. Por isso, a contribuição do artigo reside em ilustrar, a partir de um estudo de caso relevante na Colômbia, as dinâmicas comuns que a região latino-americana compartilha em matéria de extinção de espécies, oferecendo ferramentas que permitem às ciências sociais reconhecer a pluralidade de mundos multiespécie que estão em risco de desaparecer. [ABSTRACT FROM AUTHOR]