Abstract: O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e a obesidade são condições inter-relacionadas que apresentam impacto significativo na saúde metabólica global. A obesidade contribui para a resistência à insulina, mecanismo central do DM2, enquanto o DM2 pode levar ao ganho de peso. Essas condições requerem intervenções integradas, envolvendo terapias farmacológicas e mudanças no estilo de vida, como dieta, exercícios e controle do estresse. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, abrangendo 4.325 publicações nas bases PubMed, Scopus, Google Scholar e Cochrane Library, utilizando palavras-chave relacionadas ao DM2, obesidade e terapias não farmacológicas. Após análise criteriosa, 28 estudos foram selecionados, incluindo ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas. Os dados analisados focaram nos efeitos de intervenções dietéticas, físicas e comportamentais sobre o controle glicêmico, perda de peso e parâmetros metabólicos. As intervenções não farmacológicas mostraram benefícios substanciais no controle glicêmico, com redução significativa dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) e diminuição da dependência de medicamentos hipoglicemiantes. A prática regular de exercícios físicos, especialmente combinando atividades aeróbicas e de resistência, promoveu redução da gordura visceral e melhora da sensibilidade à insulina. Mudanças dietéticas, como o consumo de alimentos de baixo índice glicêmico, também apresentaram efeitos positivos. A gestão do estresse foi crucial na modulação de fatores psicossociais, favorecendo a adesão ao tratamento. Barreiras como acesso limitado a recursos saudáveis e estigmatização da obesidade destacaram a importância de políticas públicas e estratégias personalizadas. A integração de terapias não farmacológicas ao manejo do DM2 e da obesidade oferece uma abordagem eficaz, melhorando o controle metabólico, reduzindo complicações e promovendo qualidade de vida. Contudo, desafios socioeconômicos e a necessidade de acompanhamento constante reforçam a importância de políticas públicas inclusivas e de abordagens multidisciplinares personalizadas. A combinação de estratégias farmacológicas e não farmacológicas é essencial para um cuidado mais eficaz e sustentável.
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