Abstract: Discutir a formação docente, numa perspectiva decolonial, representa o rompimento com o paradigma eurocêntrico, apontando caminhos outros para promover processos formativos que considerem as diferentes culturas, raças e saberes construídos ao longo da história humana. Os processos formativos, por sua vez, precisam considerar as demandas da educação na contemporaneidade, bem como seus atores sociais. É nesse sentido que o estudo proposto busca investigar como os multiletramentos críticos podem fornecer proposições para uma formação docente decolonial, apresentando reflexões sobre a importância de se pensar esse processo a partir de olhares voltados para a decolonialidade. Para isso, através de uma abordagem qualitativa e sob as bases da epistemologia da práxis, realizou-se um estudo bibliográfico para se tecer compreensões sobre uma formação docente decolonial, bem como para identificar como os multiletramentos críticos podem apresentar possibilidades para o desenvolvimento de um pensamento decolonial, na docência. Foram realizados estudos e diálogos com autores que discutem sobre formação docente, decolonialidade, multiletramentos críticos, tais como: Nóvoa (2010), Quijano (2009), Rigal (2000), Flecha e Tortajada, (2000), Freire (1996), Street (2014), Walsh (2009), Ghedin (2012) e Silva (2018). Diante da reflexão construída neste estudo, apresentamos proposições para a formação numa perspectiva decolonial, a partir dos multiletramentos críticos: 1. Ampliar os espaços onde os letramentos são construídos, para além da escola; 2. Repensar o currículo numa perspectiva decolonial; 3. Conceber processos formativos para que os professores se tornem atores sociais autônomos; 4. Desenvolver uma pedagogia intercultural; 5. Favorecer que o professor se autorize na elaboração das teorias e práticas.
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