Abstract: Este trabalho apresenta considerações sobre a presença jesuítica na América portuguesa ao longo da primeira metade do século XVI e os processos educativos propostos pelos missionários desta ordem para um grupo específico: o Tupinambá. A partir deste objetivo, tenciona-se questionar alguns pressupostos epistêmicos ligados à história e historiografia da educação brasileira. Nesse sentido, questões teórico-metodológicas fundamentadas em uma história da educação focalizada nos estudos pós-coloniais, na história cultural e nos estudos interculturais críticos são apresentadas ao leitor. Emseguida, demonstram-se alguns dos pressupostos ligados à constituição da ideia de modernidade europeia e um de seus desdobramentos: a expansão colonial luso-cristã e suas práticas pedagógicas interculturais funcionais aos domínios do Império português. Esta conexão, conforme assinalado, é analisada a partir daquilo que chamamos de a demonização da alma indígena. Toma-se, pois, esse itinerário como caminho para valorização da lei 11.645/2008, que estabelece o reconhecimento e a valorização da história e cultura afro-brasileira e indígena, a partir da escrita de uma nova história da educação.
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