Abstract: O presente artigo discute a estratificação da organização social e política de cuidados no Brasil a partir da intersecção de raça, gênero e classe em sua provisão e distribuição. A análise se fundamenta na produção das ciências sociais e se estrutura na identificação da centralidade de mulheres negras na provisão do trabalho de cuidado e doméstico, remunerado ou não, como constitutivo da sustentabilidade humana. O debate indica prevalência de assimetrias de raça, gênero e classe em que mulheres negras, principais responsáveis por sua provisão, pouco são contempladas na distribuição do cuidado.
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