Abstract: A avaliação do risco procura identifi car e quantifi car o conjunto de características e circunstâncias dos indivíduos, comunidades, sistemas ou estruturas que os tornam suscetíveis aos impactos dos perigos (UNDRR, 2009), representando a componente da vulnerabilidade os contextos espaciais, socio-económicos, demográfi cos, culturais e institucionais em que os perigos se manifestam (KUHLICKE et al., 2011). De acordo com Aven e Renn (2010) a gestão do risco começa com a sistematização das informações relevantes, de forma combinada, envolvendo a caracterização científi ca da avaliação do perigo, bem como a avaliação da perceção do risco, dos impactos económicos e das respostas sociais para a fonte de risco. A gestão do risco baseia-se na criação alargada de conhecimentos, capacidades e ações para antecipar, responder e recuperar dos impactos, prováveis, iminentes ou em curso, resultantes de condições de perigo (BIRKMANN et al., 2013), ou no desenvolvimento de formas para reduzir ou eliminar o impacto dos desastres na sociedade e no ambiente, através de medidas de mitigação estruturais, semi-estruturais e não-estruturais (TAVARES, 2018). Contudo, como refere Renn (2020), a questão central para os gestores das políticas relacionadas com o risco é conhecer as abordagens e os instrumentos adequados, bem como ter os meios adequados para a avaliação do risco de forma a compreender os impactos e as dimensões relacionadas com a saúde, ambiente, economia e política, bem como as oportunidades resultantes. As estratégias de gestão do risco, segundo o referencial de Sendai 2015 (UNISDR, 2015), acentuam o objetivo de reduzir riscos e perdas, quer através da prevenção de novos desastres, quer pela redução do risco existente, recorrendo à implementação, integrada e inclusiva, de medidas económicas, estruturais, legais, sociais, de saúde, culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e institucionais que previnam e reduzam os perigos, a exposição e a vulnerabilidade (SANTOS et al., 2020). ...
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