Abstract: O artigo propõe uma leitura da novela Adaptação do funcionário Ruam, publicada em 1975 por Mauro Chaves, a partir de dois principais eixos: um que inscreve a tortura em ordem semiótica – como teorizado por Isabel Capeloa Gil (2016), e outro que analisa a contaminação proposta pela obra na chave de Foucault (1978; 1999), a partir de suas relações com a loucura e com a disciplina. Através de exemplos de cenas nas quais projeções holográficas, desejos masculinos e castigos físicos ou psicológicos revelam o diálogo da ficção distópica com o contexto brasileiro ditatorial, busca-se uma crítica da literatura como espaço projetivo e de epistemologias alternativas. Palavras-chave: Ficção científica brasileira. Anos 70. Ditadura militar brasileira. Literatura distópica. Representações da violência. ; This paper offers a reading of the novel Adaptação do funcionário Ruam, published in 1975 by Mauro Chaves, taking into consideration two main strands: one that inscribes torture in a semiotic order – as theorized by Isabel Capeloa Gil (2016), and another which analyses the concept of contamination found in the novel through Foucault’s writings (1978; 1999), highlighting the ideas of madness and discipline. Illustrating the essay with scenes in which holographic projections, masculine desire and physical or psychological punishment reveal dialogues between dystopian fiction and the Brazilian dictatorial context, we expect to shed light on how literature can work as a projective space that forges alternative epistemologies. Keywords: Brazilian Science-fiction. 1970’s. Military dictatorship in Brazil. Dystopian literature. Representations of violence.
No Comments.