Abstract: Este ensaio tem como propósito refletir e atualizar o conceito de mediação que, minado por incertezas e opacidade, requer um novo exercício de compreensão, de modo a favorecer a renovação da nossa capacidade de agir e educar. Mais do que qualquer outra estratégia de ação, caberá ao professor assumir-se como mediador de emoções num mundo cujas relações sociais se apresentam cada vez mais complexas. No marco de várias contradições, a escola é pressionada a revisar-se como uma instituição transmissora de conteúdos tradicionais inerentes a sua função educadora, alterando esta função para uma maior complexidade. De maneira sistemática, é necessário privilegiar capacidades mais complexas, potencializando no sujeito que aprende a articulação entre o raciocínio lógico (razão) e a sensibilidade humana (emoção), diante do desafio de mediar os conflitos sociais que prejudicam uma convivência saudável. É preciso renovar o modo de pensar a sociedade e refletir sobre uma postura mais integradora, para que os sujeitos sociais possam seguir sua trajetória humana. Para tanto, alguns paradigmas e posturas precisam ser revistos. Vivemos um momento de transição paradigmática, como designa Santos (2000). Essa reflexão², retomada no campo da Educação, área do conhecimento em que atuo, diz respeito ao desafio da reforma do pensamento recomenda da por Morin (2000, p.20); e sugere caminhos inovadores para a prática pedagógica que assumimos.
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