Abstract: Este artigo busca refletir sobre o movimento mediante o qual conceitos que durante muito tempo se configuraram como bandeira de luta em prol de uma educação democrática e de qualidade, entre os quais cidadania, participação, igualdade e autonomia, foram adequados no sentido de justificar ações educacionais, sobretudo em países de economia periférica, como forma de administrar a desigualdade e manter a ordem social capitalista. Estudos de autores da Teoria Crítica da Sociedade oferecem elementos para se compreender que a educação, por meio de suas políticas educacionais e práticas pedagógicas decorrentes, consiste em importante aliada da economia para formar sujeitos adequados à sociedade vigente, de modo a sobrepor a formação para a adaptação à formação humana, distanciando-se, assim, daquele que deveria ser o seu objetivo primeiro: formar indivíduos com vistas à emancipação, uma vez que a verdadeira democracia demanda pessoas emancipadas.
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