Abstract: A pandemia da COVID-19 constituiu um momento de rutura nas sociedades contemporâneas, gerando um “novo normal” em que, como nos lembra Sérgio Godinho, “Ninguém sabe se sabe / Nem que acaso ou que destino nos cabe”.1 A rápida propagação de um novo vírus respiratório tornou-se o foco de atenção de governos e da comunicação social a nível global. No início de 2020, a cidade chinesa de Wuhan assumiu contornos distópicos, com mais de 11 milhões de habitantes confrontados com a suspensão das suas vidas quotidianas. Perante o desconhecimento acerca de uma doença que aparentava ter tanto taxas de letalidade como de transmissão bastante superiores aos vírus respiratórios em circulação, o confinamento assumiu-se como a resposta sociopolítica a adotar.
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