Abstract: A partir da aproximação entre a forma como Hélène Cixous concebe a escrita feminina em O riso da Medusa e a crítica ao progresso e à História de Walter Benjamin, este artigo lê três poemas da poeta brasileira Tatiana Pequeno. São eles “museu nacional”, “museu nacional.2” e “querida,”, todos retirados do livro Onde estão as bombas (2019). A hipótese é a de que se pensarmos, como Cixous, que a escrita da mulher articula uma temporalidade singular que tanto provoca rupturas na história homogeneizante quanto promove encontros potencialmente transformadores entre a história pessoal e coletiva, poderemos olhar para textos escritos por mulheres como reescritas de uma nova história, singular e múltipla, que – com Benjamin – é possível chamar de revolucionárias. Este trabalho identifica na poesia de Tatiana Pequeno os ecos desta pequena revolução, destas rupturas na História. ; “The Laugh of the Medusa” (1975) and the critique of progress and History present in Walter Benjamin thought, this article reads three poems of Brazilian poet Tatiana Pequeno: “museu nacional”, “museu nacional.2” and “querida”, all of them extracted from her book Onde estão as bombas (2019). The hypothesis is that if one perceives feminine writing as an articulation of a singular kind of temporality that both induces breaks in homogenizing history and engenders potentially transforming appointments between personal and collective histories, one can – then – classify feminine writing as modes of rewriting History. In that way, they can be seen – along with Walter Benjamin – as revolutionary. This word identifies in Tatiana Pequeno’s poetry those echoes of revolution, this ruptures in History.
No Comments.