Abstract: Este artigo aborda a gestão da escola do campo através das relações de poder estabelecidas em uma escola ribeirinha de Cametá-PA. Busca analisar os tipos de relações que estão presentes na escola e as influências que estas exercem sobre a gestão escolar e os sujeitos que fazem parte do processo educativo (diretor, coordenação pedagógica, professores, estudantes, colaboradores e a comunidade). Tendo como o local da pesquisa a Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Joaquim Bastos, localizada na comunidade de Itanduba, no Distrito de Curuçambaba, região das ilhas do município de Cametá. Para refletir e discutir sobre as relações de poder na escola, nos inserimos no cotidiano da comunidade, para fazer o levantamento de dados, observações in loco, anotações no caderno de campo e entrevistas juntos aos sujeitos que compõem os vários segmentos que se encontram presentes dentro e fora do espaço escolar. Como resultados da pesquisa, identificamos que a escola ribeirinha necessita de mais atenção do governo municipal e os educadores de melhor acompanhamento e orientação em suas práticas educativas. As políticas públicas de educação do município para a escola ribeirinha são muito deficientes; as relações de poder que se estabelecem na escola são verticalizadas; é um poder centralizado na figura do diretor, sendo uma relação monocrática, com pouca participação da comunidade, havendo de certa forma uma relação de poder autoritária. No entanto, há uma busca de orientação para a gestão escolar democrática, destacando o importante papel da equipe diretiva da escola na condução deste processo.
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