Abstract: O presente artigo tem como objetivo discutir os reflexos negativos da proposta da Escola sem Partido, uma proposta indecente que tende a promover um retrocesso significativo no avanço da educação alcançado no século XXI, graças ao esforço somado de gestores e profissionais da educação, que veem o espaço escolar como lugar o lócus não somente de produção do conhecimento, mas acima de tudo, como espaço de diálogo e dialogismo, com a finalidade de construir o sujeito como cidadão autônomo e promotor de uma sociedade mais humana e solidária. O trabalho parte do princípio sociológico que a escola é um espaço de construção de hábitos que são traduzidos e revertidos pelo processo educacional e que dizem respeito a política, economia e cultura, subsidiados pela política do Estado. Isso significa, conforme Althusser (1985) que a escola é um aparelho ideológico a serviço da política do Estado e das classes dominantes, desde a sua gênese até os dias atuais. O projeto Escola sem Partido surge contra o processo pedagógico de autonomia e liberdade dos sujeitos (educadores e educandos) construídos ao longo dos séculos a partir de lutas, diálogos e dialogismos, resiliência e promoção de uma educação humana de qualidade. O incomodo produzido pela escola do século XXI contra os ideais do neoliberalismo, faz com que a elite dominante se sinta ameaçada no seu projeto de perpetuação da exploração das classes sociais mais pobres.
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