Abstract: Resumo Objetivo O estudo investiga como a ação intencional da professora a partir do uso de objetos por crianças de 2 a 3 anos em situações educativas favorece a emergência de indicadores relacionados com as funções executivas. Método Foram analisados vídeos de situações educativas conduzidas por uma professora com 12 crianças em uma escola pública. A análise concentrou-se em uma tarefa semiestruturada realizada após a leitura compartilhada de um livro infantil, com o intuito de observar as intervenções da professora, os usos dos objetos e as ações das crianças. Resultados Os resultados indicam que a professora realizou intervenções que pareciam restringir as dinâmicas semióticas envolvendo o uso dos livros, com pouca antecipação dos resultados esperados em momentos-chave da atividade. Essas intervenções restringem a promoção das funções executivas nas crianças durante as interações. No entanto, observou-se que algumas crianças conseguiram regular suas ações e gerar algum tipo de controle na tarefa. Conclusão Conclui-se que, embora a mediação da professora poderia ter promovido maiores desafios, as crianças demonstraram indicadores de autorregulação. Isso sugere que a ação e o manuseio de objetos podem, em certa medida, favorecer o desenvolvimento do controle executivo, mesmo com intervenções pouco direcionadas. O estudo aponta para a necessidade de práticas pedagógicas mais intencionais e planejadas que impactem nos processos de funcionamento executivo nas crianças desde os primeiros anos no Ensino Infantil.
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