Abstract: Este trabalho busca desenvolver reflexões a partir das leituras de Cântico das criaturas para uma contribuição com a formação docente. Ela desvela que não há reservas para si, há sim um formidável encontro. O eu, humilde vermezinho e o Vós, Altíssimo e Onipotente, Senhor e Deus. Francisco de Assis, homem do 2° milênio, escreveu no dialeto úmbrio essa busca de através de uma letra, quase infantil, louvar a Deus, agradecendo-o por criações como “Irmão Fogo” e a “Irmã Água”. É uma afirmação da teologia pessoal do Poverello de Assis, pois com frequência se referia aos animais como irmãos da humanidade. Segundo a tradição ela teria sido cantada pela primeira vez por Francisco e pelos irmãos Frei Leão e Frei Angelo, que eram dois de seus companheiros originais, no leito de morte do Santo, tendo sido o verso final, o que louva a “Irmã Morte” acrescentado apenas alguns minutos antes do Transitus de Francisco. A primeira vez mencionado foi em Vita Prima de Tomás de Celano em 1228. Esta leitura em circunstâncias nada fáceis, uma vez que o leitor estava acometido de forte doença, praticamente cego. Este cenário assertivo se alinha com a perspectiva de resiliência formativa e performativa humana e nesse trabalho, docente. O processo envolve a importância da constante autoanalise de si, de suas práticas, por isso a formação deve ser contínua e permanente, não há ponto final. A formação/educação indo além de uma ideia de capacitação e alcançando o status de um modo de ler/ver/viver o mundo.
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