Abstract: O presente trabalho aborda o duplo impasse presente na obra de Rubem Fonseca, sobretudo nos contos dos anos de 1960 e 1970, que a coloca entre os discursos da tradição literária e da cultura da mídia, presente sobretudo nos meios de comunicação televisivos. Fonseca, atento às transformações de seu tempo e à perda de prestígio da palavra literária em oposição ao crescimento do audiovisual, trabalha com personagens, por vezes escritores, que veem a necessidade de adaptar a escrita e seu próprio imaginário ao contexto corrente, sem que haja a entrega a nenhum dos polos da dicotomia estabelecida, uma vez que ambos são vistos como alheios ao real concreto. Para a reflexão, são requisitados pensadores da cultura e especificamente do campo literário, destacando-se Douglas Kellner, Silviano Santiago e Wander Melo Miranda.
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